A plataforma de streaming Netflix defendeu veementemente o seu recente lançamento, “Sean Combs: The Reckoning”,

 


A plataforma de streaming Netflix defendeu veementemente o seu recente lançamento, “Sean Combs: The Reckoning”, após duras acusações de Sean “Diddy” Combs e da sua equipa, que classificaram a série como uma “peça vergonhosa de propaganda” e denunciaram o uso de material não autorizado.


Por HIP-HOP MASTER, 7 de Dezembro de 2025


🚨 Acusações de Diddy


A equipa jurídica de Diddy enviou uma notificação extrajudicial à Netflix pouco antes da estreia. Nele, alegam que a série documental inclui “fotografias roubadas e material privado” gravado pelo próprio artista — muitas vezes em contextos anteriores à sua detenção — e que a sua distribuição nunca foi aprovada. Classificam o projeto como “injusto e ilegal”.


Diddy criticou ainda a decisão de envolver Curtis “50 Cent” Jackson, o seu antigo rival, como produtor executivo, considerando esta aliança um “ato de vingança” em vez de uma tentativa de reconstrução documental.


Resposta da Netflix


Em sua defesa, a Netflix afirma que todo o conteúdo de “The Reckoning” foi obtido legalmente, com os direitos correspondentes, e insiste que não foi feito qualquer pagamento a testemunhas para garantir críticas positivas: “Este projeto não tem qualquer relação com conversas anteriores com o Sr. Combs”, declararam os porta-vozes da plataforma.


Além disso, a Netflix sublinha que a produção não é uma “obra vingativa”, mas sim uma investigação jornalística — dirigida por Alexandria Stapleton — que pretende oferecer um olhar profundo e crítico sobre anos de queixas, depoimentos e acusações contra Combs.


O que revela o documentário


A série procura reconstruir a ascensão meteórica do magnata da música — desde os seus dias de glória até à sua queda para a justiça — e inclui testemunhos de ex-colaboradores, alegadas vítimas, ex-companheiros e pessoas próximas de Combs. Segundo a produção, contém material inédito: chamadas telefónicas, gravações internas, comunicações privadas e entrevistas com jurados do julgamento. O Washington Post


Um dos pontos centrais do documentário — e da controvérsia — é a utilização de gravações realizadas antes da sua detenção em 2024. Estas imagens mostram os últimos dias antes da sua detenção, incluindo conversas com advogados e membros do seu círculo mais próximo.


Até ao momento, a Netflix nega qualquer irregularidade na obtenção do material e reafirma que não há qualquer intenção de vingança pessoal e que o controlo criativo cabe à equipa de produção, e não ao produtor executivo.


Entretanto, a equipa jurídica de Diddy está a analisar as suas opções legais após analisar o conteúdo da série documental. Não descartaram a possibilidade de intentar processos por uso não autorizado de imagens ou violação de direitos de autor.


O que revela esta controvérsia?


Ao traçar uma linha entre "documentário de investigação" e "ataque mediático", a controvérsia sublinha as dificuldades éticas e legais de reconstruir as histórias de figuras públicas com presença controversa e acusações graves.


Para além das consequências legais, esta série pode reabrir o debate público em torno das alegações históricas contra Diddy — mesmo aquelas não resolvidas nos tribunais.


O peso simbólico de confiar a produção a 50 Cent — alguém com uma rivalidade declarada com Diddy — transforma o documentário num ato de tensão mediática que transcende o âmbito puramente informativo.


Comentários

Mensagens populares