Juiz de Nova Iorque nega fiança a Sean "Diddy" Combs: "Não é um caso excecional"

 

Escrito pelo Juvenal AKA MASTER JU a 6 de agosto de 2025

O magnata do hip-hop Sean "Diddy" Combs vai permanecer atrás das grades até à sua sentença, marcada para 3 de outubro, depois de um juiz federal ter rejeitado o seu quinto pedido de fiança na segunda-feira. A decisão marca um novo revés judicial para o artista e empresário, recentemente condenado por crimes relacionados com o transporte de pessoas para fins de prostituição.

O juiz Arun Subramanian, do Distrito Sul de Nova Iorque, foi perentório ao afirmar que o caso de Combs "não representa circunstâncias excecionais que justifiquem a sua libertação", destacando também o risco de fuga e o potencial perigo que a sua libertação representaria.

Durante a audiência, a defesa ofereceu uma caução de 50 milhões de dólares, juntamente com condições rigorosas como prisão domiciliária em Miami, monitorização por GPS e proibição total de viagens internacionais. No entanto, o tribunal considerou que estas medidas não garantiram a segurança adequada nem atenuaram a gravidade dos factos provados no julgamento.

Combs foi considerado culpado a 2 de julho de duas acusações federais de deportação para fins de prostituição, enquanto foi absolvido de outras acusações mais graves, incluindo tráfico sexual forçado e conspiração ao abrigo da lei RICO. Apesar da absolvição parcial, os procuradores apresentaram provas convincentes, incluindo vídeos, fotografias e testemunhos de mulheres que descreveram terem sido vítimas de violência, manipulação e coação por parte do artista.

Um dos episódios mais chocantes revelados durante o julgamento foi um vídeo em que Combs aparece a agredir a ex-namorada, a cantora Cassie Ventura, no corredor de um hotel em Los Angeles. Embora as imagens não fossem suficientes para sustentar as acusações de agressão agravada, o juiz considerou relevante avaliar o seu carácter e potencial perigo.

Por sua vez, a equipa jurídica do rapper denunciou as condições desumanas no Centro Federal de Detenção de Brooklyn (MDC), onde está detido desde setembro de 2024. Alegam que Combs sofreu abusos verbais, cuidados médicos limitados e ameaças constantes. No entanto, o juiz decidiu que o sistema prisional tomou medidas suficientes para a sua proteção.

Se a condenação for mantida, Combs pode ser condenado até 20 anos de prisão, embora a pena final dependa das recomendações do sistema federal e de quaisquer fatores agravantes ou atenuantes que o juiz considere adequados.

Este novo capítulo na queda do influente produtor musical gerou uma opinião pública dividida. Enquanto uns defendem o seu legado artístico, outros exigem justiça plena para as alegadas vítimas. O próximo passo no seu caso será a sentença a 3 de outubro, quando será conhecido o destino final de uma das figuras mais influentes — e agora mais controversas — do entretenimento americano. 

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